Confesso que, no começo, achei que isso de estocar comida era coisa de gente paranoica. Só que com o tempo, fui percebendo que se preparar não é exagero, é sabedoria. A vida é imprevisível: greve de caminhão, enchente, apagão, crise econômica, pandemia (quem lembra do susto do mercado vazio?)... Então resolvi dar meus primeiros passos e criar uma despensa de emergência simples, funcional e sem gastar rios de dinheiro.
Por que eu resolvi fazer isso?
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Porque gosto da ideia de viver com mais autonomia
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Porque não quero depender 100% do mercado pra tudo
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Porque já economizo comprando em quantidade
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E porque me sinto mais tranquila sabendo que, se faltar algo, eu tô preparada
O que eu comecei a estocar primeiro?
Fui bem prática: escolhi alimentos que duram muito, são versáteis e não precisam de geladeira.
Aqui vai a lista básica que montei:
Como estou aprendendo a estocar alimentos — e a forma certa de embalar cada um
Uma das primeiras coisas que fui descobrindo nesse mundo da preparação alimentar é que cada tipo de alimento tem seu jeito certo de ser armazenado. E não precisa ser caro nem complicado. Comecei pelos itens mais básicos e fui adaptando com o que tenho em casa — e as garrafas PET se mostraram uma solução prática, barata e eficiente.
Arroz
Pra estocar arroz, o esquema é simples e funciona bem:
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Lavo bem a garrafa PET e deixo secar completamente.
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No fundo da garrafa, coloco 2 ou 3 dentes de alho grandes (eles ajudam a espantar insetos e fungos).
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Depois coloco uns 4 ou 5 dedos de arroz, bato levemente a garrafa na mesa pra assentar os grãos, e coloco mais alho.
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Repito o processo até encher.
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No final, coloco um pedacinho de algodão pra ajudar a absorver qualquer umidade e fecho bem com a tampa.
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Depois, selo a tampa com vela derretida pra garantir que fique hermético.
Feijão
O feijão também vai na PET, mas com um toque diferente:
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Em vez de alho, uso folhas de louro secas entre as camadas. Elas ajudam a conservar e afastam carunchos.
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O processo é o mesmo: camadas de feijão + folhas de louro + bater a garrafa pra assentar + algodão no final.
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Fecha bem e sela com vela.
Macarrão
O macarrão cru pode ser guardado quebrado ou inteiro:
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Na garrafa limpa e seca, vou colocando o macarrão aos poucos, intercalando com grãos de pimenta-do-reino preta.
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Isso também ajuda a proteger contra insetos.
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Bato a garrafa pra assentar, coloco algodão por cima, fecho, e selo com vela.
Onde eu guardo tudo?
O ideal é deixar em um local seco, fresco e escuro — tipo um armário fechado ou até caixas de papelão reforçadas.
Tudo vai com etiqueta indicando a data em que empacotei, pra eu saber quando rodar os itens.
A regra é simples: só guardo o que consumo
Não adianta estocar um monte de coisa que ninguém aqui em casa come. O segredo é: estocar o que você já usa no dia a dia, e ir fazendo rodízio.
Abriu uma PET? Usa, e já repõe com um pacote novo. Assim nada vence, nada estraga, e sua reserva sempre tá em dia.
Se for bem feito, esses alimentos podem durar de 5 a 10 anos, sem perder qualidade.
E se acabar a energia?
Essa foi outra pergunta que me fez mergulhar mais nesse tema. Porque não adianta ter arroz e feijão guardado se você não consegue cozinhar, né?
Tô começando a aprender também:
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Como fazer pão sem forno
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Como conservar comida sem geladeira, usando sal, vinagre ou gordura
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Como improvisar um fogareiro ou usar lenha mesmo
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E até formas de secar e armazenar alimentos de forma caseira
Tem muita coisa pra aprender ainda, mas uma coisa eu já percebi: vale a pena demais.
Por que tô fazendo isso?
Não é só medo de fim do mundo. É planejamento, segurança e autonomia.
Se tiver um apagão, greve, enchente ou só um mês apertado financeiramente, minha casa tá protegida.
E esse tipo de preparo me traz uma paz que eu nunca tinha sentido antes.
Você não precisa começar com tudo. Começa com um pacote de arroz, uma garrafa PET limpa e o que já tem em casa. Aos poucos, a reserva cresce — e sua tranquilidade também.
Gostou dessas dicas? Em breve vou postar como cozinhar sem energia e como conservar comida sem geladeira. Fica de olho aqui no blog ou me segue nas redes!
